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r, em 18.08.10 às 11:13link do post | favorito

 

 

Joaquim Raposo, presidente da Câmara da Amadora, revelou ontem, terça-feira, após uma reunião com o ministro da Administração Interna, que vai apresentar um novo projecto de videovigilância até final do ano, e sublinhou que, entre 2002 e 2008, houve 49 mil crimes registados.

?Se estes números não são suficientes (para a Comissão Nacional de Protecção de Dados aprovar o projecto de instalação de câmaras de videovigilância), então quantos crimes são necessários??, perguntou Joaquim Raposo, durante a conferência de imprensa que se seguiu após o encontro que juntou a secretária de Estado e o ministro da Administração Interna, o autarca e o comandante da PSP da Amadora.
 
O projecto que obteve recentemente parecer desfavorável por parte da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD) e que é vinculativo, previa a instalação de 113 câmaras de videovigilância por toda a cidade, sobretudo nas zonas consideradas mais sensíveis, caso da Avenida General Humberto Delgado e as estações da CP da Amadora e Damaia. Dúvidas sobre a fundamentação e eficácia do sistema, orçado em mais de um milhão de euros, acabaram por ditar o ?chumbo?.
 
O autarca pretende agora reformular o projecto e apresentar uma nova proposta ainda em 2010. “Só espero que não demore mais dois anos”, disse Joaquim Raposo com ironia, lembrando o tempo que a CNPD demorou a dar o seu parecer ao projecto que foi submetido a aprovação.

“A Amadora não é um paraíso, mas também não é o faroeste. Existem zonas sensíveis onde a videovigilância poderia complementar a actuação da Polícia”, argumentou Joaquim Raposo, reiterando a ideia de que as câmaras visam, acima de tudo, garantir a liberdade plena dos cidadãos e não tolher a privacidade das pessoas. “É mais um instrumento de trabalho para a PSP”, acrescentou.

Rui Pereira, manifestou-se disponível para apoiar as pretensões da Câmara da Amadora e salientou que o alargamento dos sistemas de videovigilância correspondem a uma orientação estratégica do Ministério da Administração Interna.
 
?As câmaras não substituem a actuação policial, mas entendemos que não podemos prescindir da tecnologia, que é um factor essencial para aumentar a segurança e para prevenir e reprimir a criminalidade?, argumentou o ministro, frisando que são ainda de grande utilidade para a investigação criminal. Deu como exemplo os atentados em Londres, no Reino Unido, onde a investigação foi célere devido às câmaras.
 
Por entender que a instalação de um sistema de videovigilância na Amadora deve avançar, Rui Pereira adiantou que, a futura proposta que chegará às mãos da CNPD será “bem fundamentada e de forma minuciosa”.

Apesar do elevado número de crimes registados entre 2002 e 2008, período que serviu de fundamentação ao projecto rejeitado, Manuel Pereira, comandante da PSP da Amadora, admite que houve uma redução de 10% de crimes registados no primeiro semestre deste ano, face a idêntico período do ano passado. A criminalidade violenta e grave terá mesmo descido em 25%.
 
Perante as estatísticas, Rui Pereira defendeu que as câmaras não são algo que se instale consoante a variação dos números. “A prova de que é necessário não é tendo em conta a diminuição dos crimes. É o aumento de segurança que podemos alcançar. Com as câmaras poderá diminuir ainda mais e os cidadãos da Amadora vão sentir-se mais seguros”, rematou o ministro.

 

"A privacidade é conversa fiada", dizem munícipes e comerciantes;

 

Câmara vai apresentar novo plano de videovigilância.

 

 


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